Antes de serem destinadas para o abastecimento das indústrias da Agrária ou para comercialização, todas as cargas recebidas nas três unidades de armazenagem da Cooperativa precisam passar pela classificação, atividade que até pouco tempo atrás era realizada de maneira manual.

Para dar mais confiabilidade ao processo, o departamento de Tecnologia da Informação, em parceria com o departamento de Qualidade Assegurada, desenvolveu um aplicativo próprio, de uso exclusivo da Agrária.

“O procedimento de classificação é muito importante para atestar a quantidade e qualidade dos grãos, servindo como base de cálculo para o valor que é pago por aquele produto. Com a transição de um processo que era manual para um processo digital temos mais segurança, evitando retrabalho e risco de erros”, esclarece André Spitzner, Superintendente Agrícola e Social da Cooperativa.

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A avaliação dos grãos é feita da seguinte forma: quando uma carga chega para o armazenamento é retirada uma amostra, que, na sequência, é dividida em porções menores. Cada classificador, de maneira simultânea, é responsável pela análise de uma dessas subamostras. Assim, são testados diferentes fatores como umidade, quantidade de proteínas, peso e transgenia. As análises variam de acordo com o tipo do grão.

Até meados de 2024, os resultados obtidos nos testes eram apontados pelos classificadores em um formulário impresso. Ao final do processo, um dos colaboradores era responsável por repassar os dados no sistema de gestão da Cooperativa. “O Aplicativo de Classificação está dentro de um projeto maior, de Gestão de Pátio das unidades de armazenagem, e atende a uma demanda antiga da nossa diretoria”, comenta o coordenador do departamento de Tecnologia da Informação, Átilas Paiva.

Embora já existissem outras ferramentas de classificação disponíveis no mercado, nenhuma delas era capaz de incorporar os resultados de todos os equipamentos utilizados para o procedimento ao sistema de gestão usado na Agrária. “Nossas unidades de armazenagem recebem diferentes tipos de grãos, então, temos equipamentos distintos para fazer a classificação. Criar um aplicativo que atendesse nossa demanda interna, integrando tudo isso, foi o nosso maior desafio”, explica Klaus Spassin, Especialista em Sistemas de Informação na Cooperativa.

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Sobre o Aplicativo

A implantação do Aplicativo de Classificação, desde seu desenvolvimento até os testes e treinamentos das equipes, durou cerca de quatro meses. Agora, ao invés do formulário manual, os classificadores utilizam tablets.

A primeira etapa do processo é a identificação facial do colaborador. Em seguida, ele registra uma etiqueta, com o QRCode que reconhece de qual carga procede a amostra. Depois, ele abre a estação de trabalho correspondente ao tipo de análise que será realizada. O resultado do teste é enviado automaticamente para o sistema, junto com os demais dados coletados nas outras avaliações. Existe ainda a possibilidade de fazer registros fotográficos das amostras. “Essa melhoria traz mais segurança ao processo e é extremamente importante, tanto para o cooperado quanto para a Cooperativa”, considera Spitzner