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Audiência pública debate securitização das dívidas dos produtores rurais do Mato Grosso do Sul

”É fundamental encontrar alternativas para a reestruturação das dívidas”’, afirmou Afonso Hamm

Por: Redação Fonte: FPA
01/07/2025 às 18h12
Audiência pública debate securitização das dívidas dos produtores rurais do Mato Grosso do Sul
Audiência pública debate securitização das dívidas dos produtores rurais do Mato Grosso do Sul

A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR) da Câmara dos Deputados discutiu, nesta terça-feira (1º), o endividamento dos produtores rurais no estado do Mato Grosso do Sul. A situação, de acordo com o proponente do debate, deputado Rodolfo Nogueira (PL-MS), é alarmante e exige medidas urgentes para garantir a sustentabilidade do setor agropecuário.

De acordo com o deputado Afonso Hamm (PP-RS), que representou a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) na discussão, a Comissão segue atenta para saber o que está sendo negociado e quais as maiores dificuldades dos produtores. Ele ressalta que o trabalho está célere para que um relatório seja entregue com as condições tanto dos trabalhadores no Mato Grosso do Sul quanto no resto do Brasil.

“A securitização salva o trabalhador do campo. Já passamos por essas situações no país, mas estamos em um novo momento de dificuldade que recai em cada brasileiro. Não é hora de surgirem heróis, mas sim de responsabilidades por parte de cada parlamentar. A questão é alarmante e é fundamental encontrarmos alternativas viáveis para a reestruturação das dívidas”, disse Hamm.

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Dados apresentados por Nogueira dão conta de que o número de pedidos de recuperação judicial cresceu mais de 600% na região. A nível nacional, a cada dez solicitações de recuperação judicial, quatro são oriundas do Mato Grosso do Sul ou de Mato Grosso, segundo destacou o coordenador de Seguro Rural da FPA.

“Precisamos construir essa prorrogação para aliviar a situação do trabalhador no estado. Esperamos, também, que o Governo Federal e o Ministério da Agricultura enxerguem o quanto isso impacta na economia e no bolso da população. Esse é um tema que deve ser prioritário, porque desde 2023 estamos alertando o descaso contra produtores”, afirmou o presidente da CAPADR.

A questão política também foi levantada por Nogueira, que lembrou o “clima de revanche” imposto pelo Poder Executivo contra o setor produtivo brasileiro. Segundo ele, todo o segmento sai prejudicado com os “ataques” promovidos pelo Governo Federal.

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“O agro se transformou no caixa-eletrônico do Planalto. Quando eles precisam de dinheiro, recorrem ao campo, que representa mais de 40% de todas as exportações. Essa mesma locomotiva financeira e de emprego do Brasil, não é respeitada, mesmo sendo quem coloca comida na mesa das famílias”, enfatizou.

O deputado Luiz Ovando (PP-MS) entende que o diagnóstico está feito, mas o problema precisa ser tratado. Para ele, mesmo os agricultores não estão familiarizados com as condições da securitização.

“A discussão em torno da securitização é uma forma de garantia e de financiamento de ativos, mas não parece ser levada como questão essencial. No meu entendimento, temos que levar a questão de forma didática para que todos possam se debruçar na gravidade do tema. É preciso ter garantia para determinadas práticas”.

Preocupação no Mato Grosso do Sul

Segundo o diretor da Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul (FAMASUL), Fábio Caminha, o estado é diferenciado e possui, inclusive, um monitoramento de safra que não existe em qualquer outra região do país. Ele afirma que o prejuízo com as quebras de safra atingiram a “quase calamidade” e a situação afeta o produtor, o funcionário da fazenda e a cidade. Isso torna o debate em torno da securitização ainda mais importante na visão dele.

“Nós vamos continuar produzindo porque precisamos, mas a gravidade social vai se estendendo e pode levar à perda de emprego e renda. Precisamos aprofundar a discussão e deixar claro nossos argumentos para não colocar o agro em perigo”. 

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