A Castrolanda está ampliando sua atuação na suinocultura após pouco mais de um ano do acordo de intercooperação entre a Aurora Coop e a Unium para a aquisição da unidade industrial de carnes de Castro - Alegra, cuja operação foi realizada em conjuntos pelas cooperativas Frísia, Castrolanda e Capal. Desde então, três cooperativas passaram a integrar o quadro de associados da Aurora Coop.
A cooperativa busca produtores interessados em expandir suas instalações de terminação ou investir em novas estruturas para que atenda a necessidade total de espaços para acomodação 50 mil leitões para terminação, com previsão de conclusão até setembro de 2026.
Estruturação
Hoje a Castrolanda conta com seis Unidades de Produção de Leitões (UPL's), totalizando 19 mil matrizes além dos 86 cooperados que realizam a engorda de animais pelo período de 120 dias e, na sequência, são planejados para o abate no Sistema Aurora.
De acordo com Euler Kiefer, coordenador de produção Suinocultura, a maior parte dos cooperados atua na engorda/rescisão e o objetivo é chegar a 186 mil lugares de engorda ainda neste ano em 91 propriedades.
“Até o ano passado tínhamos 100.000 lugares de engorda e no final desse ano chegaremos a 190.000 lugares, praticamente dobramos o número de granjas nesse período. A Aurora possui 13 cooperativas filiadas totalizando aproximadamente 330 mil matrizes e cerca de quase 3 milhões de lugares. Podemos afirmar que com a presença da Aurora a suinocultura é uma atividade solida na região”, explica Kiefer.
A área de atuação da suinocultura na cooperativa abrange os municípios de Castro, Piraí do Sul, Ipiranga e Prudentópolis. A Castrolanda conta com seis Unidades de Produção de Leitões (UPL's). A cota da Castrolanda junto à Aurora na região representa 50% com a meta para entregar 444 mil animais para abate neste ano. As cotas das cooperativas Frísia e Capal representam 25% cada uma. Para 2027, a meta da Castrolanda encaminhará 535.500 animais para abater.
Segurança para o produtor
Para os cooperados que desejam expandir as suas instalações, bem como os produtores que desejam entrar como cooperados, a Castrolanda e Aurora estão firmando uma parceria com o Sicoob para financiamento de novas instalações. Segundo Euler, os modelos de instalações, equipamentos e dimensionamentos deverão seguir as especificações da Aurora.
"No início, quando houve uma transição para o Sistema Aurora, alguns produtores ficaram apreensivos devido às adequações. No entanto, a assistência técnica vem trabalhando muito próximo ao produtor para atendimento das recomendações, pois trata-se de investimentos não tão elevados, mas que aumenta ainda mais eficiência na produção de suínos e garante os atendimentos às exigências dos mercados compradores", aponta.
Crescimento
Desde a intercooperação, Kiefer reforça que a adesão dos cooperados cresceu e quase dobrou. Hoje 100% dos cooperados estão inseridos no Sistema Aurora em 69 propriedades de suinocultura atendidas pela Castrolanda.
Os produtores que tiverem interesse podem procurar a assistência técnica da Castrolanda, sinalizando o interesse e a cooperativa apresentará o padrão de construção necessário. Já as opções de financiamento disponíveis devem ser tratadas diretamente com o setor financeiro da Cooperativa.
Produtores apontam a transição para a Aurora como positiva e segura
A transição para o Sistema Aurora foi positiva para o casal de produtores, Julia Elisabeth Huben Gradiz e Wilson dos Santos Gradiz, cooperados da Castrolanda há cerca de quatro anos. Mesmo que o início tenha causado certa preocupação para seguir as especificações necessárias, os suinocultores apontam para uma mudança positiva e segura. A granja da família, localizada em Castro, tem espaço para realizar uma engorda de 500 animais.
“Nossos olhos ficaram 'arregalados' no começo pensando como seria, mas fomos nos adaptando. O primeiro lote foi bem, principalmente por conta da formulação da ração que é diferente daquela que costumávamos usar. Fomos nivelando no segundo lote e deu certo. Fora isso, a nossa estrutura e a maneira como cuidamos dos suínos continuam a mesma”, lembra Julia.
Segundo ela, uma das critérios da Aurora foi a segurança da propriedade, que antes não tinha. "Foi a nossa sorte porque no dia 11 de fevereiro um vendaval derrubou uma árvore em uma das nossas granjas e o seguro ressarciu todo o gasto que tivemos. É importante encararmos os desafios e entender que as exigências são importantes para que tenhamos o retorno do nosso trabalho", aponta Julia.
Wilson complementa a esposa ao dizer que o importante é não desistir com as mudanças que aparecem. "Precisamos 'tocar o barco' e seguir as recomendações tanto dos técnicos da Castrolanda quanto da Aurora. Mas pegamos o jeito e estamos fazendo tudo o que podemos", reforça