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Paraná alcança maior participação da história na produção nacional de suínos

Em 2024, foram abatidos 12,4 milhões de animais no Estado, volume que representa 21,5% dos abates do Brasil no ano. Na última década, a produção anual paranaense cresceu 79%, acima da média nacional, que variou 55%

Por: Redação Fonte: AEN
20/03/2025 às 10h19
Paraná alcança maior participação da história na produção nacional de suínos
Paraná alcança maior participação na produção nacional de suínos na história Foto: José Fernando Ogura/Arquivo AEN

O Paraná alcançou em 2024 a sua maior participação da história na produção nacional de suínos segundo dados mais recentes da Pesquisa Trimestral de abate de Animais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No último ano, os produtores paranaenses abateram 12,4 milhões de porcos, o equivalente a 21,5% de todos os abates ocorridos no Brasil no período.

Na última década, os produtores paranaenses de suínos mantiveram um ritmo constante de crescimento, o que fez com que a produção absoluta saltasse de 6,9 milhões em 2014 para os atuais 12,4 milhões em 2024. O aumento foi de 79% no período, acima da média nacional, que registrou uma variação positiva de 55%.

Em termos proporcionais, são cinco anos seguidos em que o Paraná amplia a sua participação nacional, que passou de 19,9% em 2019 para os atuais 21,5%.

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Os resultados mais recentes mantêm o Estado como o segundo maior produtor de suínos do País, atrás apenas de Santa Catarina, responsável por 29,1% dos animais abatidos no último ano. A diferença entre os dois, no entanto, caiu, 0,7 ponto percentual entre 2023 e 2024, intervalo de tempo em que o Estado liderou o crescimento absoluto na produção de porcos e de frangos.

A expectativa é de que esses números tenham um reflexo direto na geração de novos empregos formais. Apenas no setor industrial, houve a criação de 4.060 vagas nos frigoríficos paranaenses voltados ao abate de suínos em 2023, de acordo com dados fornecidos pelo Ministério do Trabalho. Naquele ano, o Paraná foi responsável por 67% das vagas com carteira assinada criadas neste segmento.

POLÍTICAS ESTADUAIS – O bom desempenho da agropecuária paranaense está ligado, entre outros fatores, às políticas públicas de incentivo ao setor desenvolvidas pelo Governo do Estado. Um dos principais marcos deste esforço aconteceu em maio de 2021, quando a Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) reconheceu o Paraná como área livre de febre aftosa sem vacinação.

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A chancela internacional foi um reconhecimento ao trabalho de sanidade feito no campo pelos próprios produtores, assim como as cooperativas agrícolas e os órgãos estaduais, e serviu como uma credencial para abrir novos mercados compradores da proteína animal produzida no Estado.

Desde então, as campanhas de vacinação que ocorriam duas vezes por ano foram substituídas pela atualização de rebanhos, cujo cadastro é obrigatório para garantir a rastreabilidade e a sanidade dos animais.

Durante a edição mais recente do Show Rural Coopavel, em Cascavel, em fevereiro deste ano, o presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Otamir Cesar Martins, reforçou o compromisso do Governo do Estado com a biosseguridade (conjunto de medidas para prevenir, controlar e eliminar riscos biológicos) na criação de suínos e aves.

“O mundo não compra produtos, compra sanidade. Ao manter esse grau de sanidade e fortalecer a biosseguridade por meio do aprimoramento das técnicas de suinocultura e a avicultura, podemos continuar exportando e buscar novos mercados consumidores”, afirmou.

Outro avanço ocorreu nesta terça-feira (18), em Curitiba, com o anúncio de um acordo de cooperação técnica entre o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) e a empresa Biogenesis Bagó, da Argentina, que prevê a transferência e internalização de tecnologia para a criação de um banco nacional de antígenos e vacinas contra febre aftosa.

“Mais uma vez o Tecpar está fazendo a sua parte para ajudar não só a pecuária do Paraná, mas toda a estrutura que a produção de frango, suíno e gado traz para a economia do Estado”, disse o vice-governador Darci Piana, que participou do anúncio da nova parceria. “Precisamos nos antecipar contra doenças como a febre aftosa e a brucelose, por isso além dos cuidados que o Estado já toma vamos sair na frente com esta iniciativa para ajudar no crescimento da nossa pecuária”.

PRODUÇÃO DE PROTEÍNA – O Paraná liderou o crescimento nacional da produção de frangos e suínos no ano passado, de acordo com as Estatísticas da Produção Pecuária de 2024. O Estado produziu 53,3 milhões de frangos e 281,4 mil cabeças de suínos a mais em 2024 em relação a 2023, além de acumular altas também na produção bovina, de ovos e de leite. 

Na avicultura, o Estado se mantém como líder absoluto, sendo responsável por 34,2% da produção de frango no País. O setor teve um crescimento de 2,47% no abate em relação ao ano anterior, somando mais de 2,2 bilhões de aves produzidas no ano passado no Paraná, superando o recorde de 2023, quando esse número chegou 2,15 bilhões de unidades

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