A Associação Brasileira dos Produtores de Milho e Sorgo (Abramilho) está em fase final de elaboração de um protocolo de exportação de sorgo para a China. Em outubro deste ano, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) irá em missão ao país para tratar deste e outros assuntos. A expectativa é que o documento seja concluído até novembro, coincidindo com a visita do presidente chinês Xi Jinping ao Brasil. Uma etapa sanitária ainda será realizada, com visitas de delegação chineses ao campo para avaliação das condições das plantas.
O presidente da Abramilho, Paulo Bertolini aponta que a expansão do sorgo ainda é tímida no Brasil e por isso a abertura de novos mercados internacionais é uma prioridade da entidade.
“A Abramilho trabalha para aumentar a demanda do sorgo, pois assim a tendência é que o preço aumente e a cultura seja, também, atrativa ao produtor”, afirma.
O Brasil tem avançado no uso industrial do sorgo, especialmente com o aumento do número de usinas de etanol que utilizam essa cultura. Assim como o milho, o sorgo também pode ser usado para a produção de DDG (grãos secos de destilaria), um subproduto utilizado na alimentação animal.
Bertolini explica que o sorgo é mais resistente e menos exigente em termos de manejo, o que pode representar uma alternativa viável para os agricultores. “Com a abertura de novos mercados o sorgo pode se tornar uma opção mais atrativa para o plantio”.
Para o diretor técnico da associação, Daniel Rosa, embora o Brasil tenha capacidade de competir com os maiores produtores globais, como os Estados Unidos — que produzem cerca de 10 milhões de toneladas de sorgo por ano —, a produção brasileira ainda é de cerca de 5 milhões de toneladas. “Os estados de Minas Gerais e Goiás são os maiores produtores de sorgo no Brasil, mas há muito espaço para crescimento, principalmente em Mato Grosso”, destaca
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