Durante o Café do Produtor, realizado no Sindicato Rural de Castro no dia 28 de agosto, a empresa Agro Z-Precisão na Agricultura apresentou aos produtores locais um novo modelo de remuneração por serviços ambientais via créditos de carbono. A iniciativa já está em prática, em outras regiões com alguns produtores recebendo pagamentos por suas práticas sustentáveis.
Os créditos de carbono surgem como uma oportunidade para os produtores rurais monetizarem suas práticas de preservação ambiental. A Agro Z, empresa especializada em soluções de agricultura de precisão, trouxe à tona essa nova forma de rentabilizar propriedades, onde a compensação financeira se dá pelo cuidado com o meio ambiente.
Otávio Alexandre Benvenutti, gerente da Agro Z,explicou como funciona o processo de entrada dos produtores nesse mercado e o potencial de ganhos. "Estamos trazendo uma nova alternativa de rentabilização para as propriedades. Eles serão remunerados tanto pelo que preservam quanto pelo sequestro de carbono na atividade agrícola.Para participar, o produtor precisa seguir alguns passos, como apresentar o CCIR e o CAR da propriedade devidamente regulados. depois são utilizados sensores para a quantificação da quantidade de carbono sequestrado da atmosfera.todos esses dados são protegidos por blockchain, garantindo transparência e segurança.", explica.
A proposta é simples, mas ambiciosa: pagar aos produtores pelo carbono que suas terras ajudam a sequestrar da atmosfera, transformando a preservação ambiental em uma fonte regular de renda.
A Agro Z, está à frente dessa iniciativa, oferecendo suporte técnico e orientação aos agricultores para que possam ingressar nesse mercado promissor. Otávio explica quais etapas fazem parte do processo que monitoram o medição do carbono."Trouxemos para essa conversa no sindicato uma nova alternativa de rentabilização da propriedade do produtor. Ele será remunerado tanto pelo que preserva quanto pelo sequestro de carbono de sua atividade agrícola.Para que sua propriedade possa receber esses créditos, é necessário cumprir algumas etapas, como passar por uma análise socioambiental, onde é analisado o CAR e o CCIR," explicou Benvenutti.
Além de explicar o processo, Otávio destacou a importância do reconhecimento da propriedade pelo Estado e o uso de tecnologias como o KML, que delineia o perímetro da área para leitura por softwares especializados. Ele ressaltou também que a comercialização dos créditos se dá em plataformas específicas, onde o valor do crédito pode variar, com um mínimo de 20 dólares no mercado nacional,mas com potencial de alcançar 70 dólares na bolsa europeia. "O custo do projeto é de R$ 90 por hectare, e a média é que cada hectare gere três créditos de carbono por safra. Hoje, esses créditos são comercializados a partir de 20 dólares cada no Brasil, mas já vemos uma valorização considerável no mercado europeu. Esperamos que, com a futura obrigatoriedade das indústrias brasileiras compensarem suas emissões, o valor dos créditos suba ainda mais.", conta.
A entrada no mercado de créditos de carbono é mais do que uma oportunidade de lucro para os produtores; é uma resposta estratégica às crescentes demandas por sustentabilidade no setor agropecuário. Ao recompensar práticas que preservam o meio ambiente, não só valorizam o trabalho do produtor rural, mas também contribuem para uma economia mais verde e sustentável. Com o incentivo correto, os agricultores de Castro e região dos Campos Gerais,estão bem posicionados para se tornar líderes em um mercado que promete transformar o futuro da agricultura brasileira.
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