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Agricultores paranaenses retomam produção de algodão, cultura com alta rentabilidade

O Paraná já foi o maior produtor de algodão do Brasil no início da década de 1990, com mais de 700 mil hectares cultivados, e pode assistir uma retomada. Em Sertaneja o VBP teve um salto de 107%, passando de R$ 8,8 milhões para R$ 18,3 milhões.

Por: Redação Fonte: AEN
26/06/2025 às 16h15
Agricultores paranaenses retomam produção de algodão, cultura com alta rentabilidade
Agricultores paranaenses retomam produção de algodão, cultura com alta rentabilidade Foto: SEAB-PR

O algodão pode voltar a ser alternativa que oferece maior rentabilidade aos produtores paranaenses, aproveitando-se das oscilações de preços das culturas mais populares e dos problemas desencadeados pelas mudanças do clima. O Paraná já foi o maior produtor de algodão do Brasil no início da década de 1990, com mais de 700 mil hectares cultivados, e pode assistir uma retomada.

O algodão é uma cultura com maior resistência à seca, necessita de pouca água e muitas horas de sol para completar seu ciclo. No Brasil, a produção se concentra principalmente na região do Cerrado, no Mato Grosso, e no Noroeste do Paraná, que apresentam clima semelhante e com alto potencial para a produção da cultura. O Paraná também tem a vantagem do solo mais fértil, que possibilita o uso de metade da adubação necessária no Cerrado.

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Há coisas importantes acontecendo no Paraná, com a volta do plantio do algodão. O plantio está crescendo muito, e é mais uma opção para rotação de cultura e melhoria da renda do produtor rural”, afirma o secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Marcio Nunes.

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Apesar da produção pequena nos últimos anos, em torno de 2,4 mil toneladas, quando comparado à década de 1990, a demanda pela cultura continua alta. Segundo a Associação dos Cotonicultores Paranaenses (Acopar), estima-se que seria preciso o plantio de 50 mil hectares de algodão no Estado para suprir a demanda interna.

Levantamentos de 2014 estimam que 60 mil toneladas de plumas eram consumidas pelo parque têxtil do Paraná, de acordo com a Acopar. São ao menos 10 fiações e sete tecelagens que trabalham com matéria-prima, hoje vinda principalmente do Cerrado.

Em 2024, apenas cinco municípios registraram a produção comercial do algodão no Valor Bruto de Produção (VBP), com dois "reinícios". Sertaneja aparece como maior produtor. Esse município do Norte do Estado apresentou aumento significativo em relação ao ano anterior. Enquanto em 2023 produziu 601 toneladas em 124 hectares, no ano passado foram 520 hectares para produção de 2.095 toneladas. O VBP teve um salto de 107%, passando de R$ 8,8 milhões para R$ 18,3 milhões.

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Em Assaí e Jataizinho já havia produção e agricultores de Andirá e Nova Santa Bárbara optaram por começar o cultivo de algodão. A perspectiva para 2025 é que a produção do Paraná aumente com mais municípios plantando. A Acopar trabalha com a expectativa de que passe dos 584 hectares totais de 2024 para cerca de 1,5 mil hectares no Estado.

Almir Montecelli, diretor-presidente da Associação, explica que a produtividade que o Paraná poderia conseguir nos dias atuais com cotonicultura seria o dobro do que era antigamente ou quando comparado com outras culturas populares.

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O Paraná planta para colher 500 arrobas por alqueire e nessas condições ele dá o dobro de lucratividade da soja” explica. Alguns produtores já conseguem maior produtividade e, como consequência, maior lucratividade. “Nós já temos este ano variedades, condições e agricultores colhendo 700 arrobas por alqueire”, diz Montecelli.

Ele explica, também, que um dos grandes problemas enfrentados antigamente era o bicudo do algodoeiro, principal praga da cultura e com alto potencial destrutivo, mas nos dias atuais já é possível controlar este problema. “Bicudo, que é uma praga séria, no restante do Brasil se faz o controle com cerca de 15 aplicações de inseticida. No Paraná a gente faz apenas sete aplicações e sem uso de fungicidas, que é utilizado no resto do país”, explica.

A produção de algodão também é benéfica ao solo. A lucratividade de uma safra da cultura pode ser o suficiente para que não seja necessária uma segunda safra, que pode desgastar o solo. E com a preservação do solo, a próxima cultura, tanto de algodão, quanto de outras, pode ser beneficiada

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