Em ofício enviado à Itaipu Binacional e ao Sistema FAEP, à Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) e à Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento (Seab) também manifestaram preocupação em relação à instalação de 64 galinheiros comunitários na região Oeste e no litoral do Estado. O projeto é uma ação da Fundação Luterana de Diaconia (FLD) em parceria com a Itaipu Binacional.
O documento enviado pelas autoridades estaduais é uma resposta a uma demanda do Sistema FAEP, que pedia precauções em relação aos riscos que essas criações de subsistência apresentam para a sanidade animal do Paraná. O Estado comporta a maior avicultura comercial do Brasil, respondendo por 30% da produção nacional e 40% das exportações de carne de frango.
" O Paraná trabalhou por décadas para atingir o status sanitário de área livre de febre aftosa sem vacinação. Fomos o segundo Estado brasileiro a conquistar o reconhecimento internacional e agora vemos uma atividade bilionária, que gera emprego, renda e desenvolvimento, ser ameaçada pelo incentivo de criações sem controle sanitário", alerta o presidente interino do Sistema FAEP, Ágide Eduardo Meneguette.
O órgão enviado à Itaipu recomenda que a empresa “reavalie a estratégia de apoio à criação de aves nas regiões relevantes e considere medidas adicionais de segurança sanitária”. A preocupação dos órgãos estaduais se refere à introdução de galinhas domésticas no Oeste, principal região produtora de aves do Paraná, o que poderia aumentar consideravelmente os riscos sanitários, facilitando a transmissão do vírus da Influenza Aviária das aves silvestres para os plantéis domésticos.