O Brasil, líder mundial na exportação de carne bovina e de aves, foi alvo de declarações críticas por parte do CEO do Carrefour, Alexandre Bompard, que afirmou que a gigante varejista deixará de comercializar carne proveniente do Mercosul. Em resposta, as autoridades brasileiras defenderam a qualidade dos produtos nacionais, enfatizando o rigor dos padrões sanitários e ambientais seguidos pelo setor.
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) rebateu as declarações de Bompard, destacando que o Brasil mantém altos padrões de qualidade e sustentabilidade na produção de carne. De acordo com o Mapa, o sistema de Defesa Agropecuária brasileiro é um dos mais rigorosos do mundo, garantindo que o país atenda às exigências de aproximadamente 160 países, incluindo as da União Europeia, que há mais de 40 anos reconhece a qualidade das carnes brasileiras.
Além disso, o ministério reiterou o compromisso do Brasil com a preservação ambiental, citando a legislação ambiental brasileira como uma das mais rigorosas globalmente. "O Brasil atua com transparência e apresentou propostas para o Regulamento de Desmatamento da União Europeia, reforçando o compromisso com uma produção sustentável", destacou a nota.
O Mapa lamentou o que classificou como "postura protecionista", sugerindo que tal posicionamento prejudica a percepção dos consumidores sem base técnica e pode influenciar negativamente as negociações do aguardado acordo Mercosul-União Europeia. Para o ministério, as declarações do CEO do Carrefour refletem uma tentativa de bloquear o avanço das relações comerciais entre os blocos.
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) reitera a qualidade e compromisso da agropecuária brasileira com a legislação e as boas práticas agrícolas, em consonância com as diretrizes internacionais.
Diante disso, rechaça as declarações do CEO do Carrefour, Alexandre Bompard, quanto às carnes produzidas pelos países do Mercosul.
No que diz respeito ao Brasil, o rigoroso sistema de Defesa Agropecuária do Mapa garante ao país o posto de maior exportador de carne bovina e de aves do mundo, mantendo relações comerciais com aproximadamente 160 países, atendendo aos padrões mais rigorosos, inclusive para a União Europeia que compra e atesta, por meio de suas autoridades sanitárias, a qualidade e sanidade das carnes produzidas no Brasil há mais de 40 anos.
Vale reiterar que o Brasil possui uma das legislações ambientais mais rigorosas do mundo e atua com transparência no setor. Apresentou à União Europeia propostas de modelos eletrônicos que contemplam as etapas iniciais do Regulamento de Desmatamento da União Europeia (EUDR), demonstrando compromisso com uma produção rastreável e transparente, sendo que os modelos privados de rastreabilidade são amplamente reconhecidos e aprovados pelos mercados europeus.
O Mapa lamenta tal postura que, por questões protecionistas, influenciam negativamente o entendimento de consumidores sem quaisquer critérios técnicos que justifiquem tais declarações.
O posicionamento do Mapa é de não acreditar em um movimento orquestrado por parte de empresas francesas visando dificultar a formalização do Acordo Mercosul - União Europeia, debatido na reunião de cúpula do G20 nesta semana. O Mapa não aceitará tentativas vãs de manchar ou desmerecer a reconhecida qualidade e segurança dos produtos brasileiros e dos compromissos ambientais brasileiros.
Mais uma vez, o Mapa reitera o compromisso da agropecuária brasileira com a qualidade, sanidade e sustentabilidade dos alimentos produzidos no Brasil para contribuir com a segurança alimentar e nutricional de todo o mundo.
Em linha com o Ministério da Agricultura, a ApexBrasil também se manifestou contra as declarações de Bompard, classificando a atitude como "lamentável" e reiterando que as carnes do Mercosul seguem rigorosos padrões internacionais. A agência ressaltou que os produtos brasileiros são reconhecidos por sua qualidade em mais de 160 países, inclusive na União Europeia, que constantemente atesta a sanidade e a segurança alimentar dos produtos importados do Brasil.
A ApexBrasil, que trabalha em parceria com o Ministério da Agricultura e Pecuária e o Ministério das Relações Exteriores para promover a carne brasileira no exterior, acredita que o movimento do Carrefour é resultado de pressões protecionistas na França, especialmente no momento em que o acordo entre o Mercosul e a União Europeia está em fase final de negociação.
"Esperamos que a verdade prevaleça, e que as suspeitas infundadas sejam rejeitadas", afirmou a direção da ApexBrasil, reforçando a confiança na qualidade da carne produzida no Mercosul. A agência destacou ainda o papel do bloco na segurança alimentar global, sendo um dos principais fornecedores de proteína animal no mundo.
A ApexBrasil considera lamentável declaração feita nesta quarta-feira pelo CEO do Carrefour, Alexandre Bompard, de que a empresa não comercializará mais carne proveniente do Mercosul.
Em nossa missão de promover as exportações brasileiras, temos participado dos esforços do governo e do setor privado que tornaram o Brasil e seus parceiros do Mercosul os principais fornecedores de proteína animal do mundo, assegurando a segurança alimentar de populações dos mais diversos países.
Entendemos não haver motivos razoáveis para restrições à carne produzida no Mercosul. Seguimos os mais rigorosos padrões sanitários e ambientais, que garantem sua qualidade em todas as operações de venda de proteína brasileira ao exterior — qualidade reconhecida por mais de 160 países, inclusive pela União Europeia.
A ApexBrasil vem trabalhando, em parceria com o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) e com o Ministério das Relações Exteriores (MRE), no estímulo ao crescimento das exportações brasileiras do setor e na abertura de novos mercados mundo afora. Muito estranhamos tal movimento por parte da gigante do varejo francês, em meio a pressões protecionistas em seu país, no momento em que Mercosul e União Europeia estão próximos de fechar o ambicionado acordo que formará o maior mercado do planeta, beneficiando enormemente as populações dos países signatários.
Esperamos que, antes de tudo, a verdade prevaleça. É preciso que sejam rechaçadas as suspeitas infundadas e de viés protecionista lançadas sobre a carne do Brasil e dos demais países do Mercosul.
Direção da ApexBrasil
Após a controvérsia gerada pelas declarações de Alexandre Bompard, CEO do Carrefour, sobre a suspensão da venda de carne do Mercosul, o Carrefour França esclareceu que a medida é restrita apenas às suas lojas na França e não reflete a qualidade dos produtos brasileiros. A resposta vem em meio à pressão do setor agrícola francês e às negociações do acordo Mercosul-União Europeia. Acompanhe a nota na íntegra.
O Carrefour França informa que a medida anunciada ontem, 20/11, se aplica apenas às lojas na França. Em nenhum momento ela se refere à qualidade do produto do Mercosul, mas somente a uma demanda do setor agrícola francês, atualmente em um contexto de crise.
Todos os outros países onde o Grupo Carrefour opera, incluindo Brasil e Argentina, continuam a operar sem qualquer alteração e podem continuar adquirindo carne do Mercosul. Nos outros países, onde há o modelo de franquia, também não há mudanças.