Roraima se prepara para sediar o 1º Simpósio do Mercado de Carbono, um evento que promete transformar a visão dos produtores rurais sobre o mercado de carbono. No dia 2 de dezembro, em Boa Vista, especialistas do Brasil e do mundo se reunirão para discutir como práticas sustentáveis podem gerar lucros aos produtores, por meio da comercialização de créditos de carbono. A Amazônia, com seu potencial ambiental, está no centro desse mercado crescente, oferecendo novas oportunidades de remuneração para aqueles que apostarem na preservação.
Em um mundo cada vez mais preocupado com o meio ambiente, o mercado de carbono tem ganhado força como uma forma de compensar emissões de gases de efeito estufa. Produtores rurais, que muitas vezes são vistos apenas como fontes de emissões, agora podem se tornar protagonistas de um novo modelo econômico que valoriza a sustentabilidade.
No centro dessa transformação está a Amazônia, que, devido à sua importância ecológica, se posiciona como a “menina dos olhos” desse mercado. Para esclarecer dúvidas e apresentar as oportunidades, o presidente da Cooperativa de Crédito da Amazônia, Venceslau Braz de Freitas Barbosa, compartilhou insights valiosos sobre como o mercado de carbono pode beneficiar diretamente os produtores locais.
“Em Boa Vista em dezembro, Roraima vai sediar o maior evento do carbono, um produto que você não pega, não vê, mas você pode ganhar dinheiro”, afirmou Venceslau Braz ao explicar o funcionamento desse mercado. “O mercado de carbono virou uma commodities no mundo todo, e a Amazônia é a menina dos olhos desse mercado”.
Braz destacou que o 1º Simpósio do Mercado de Carbono em Roraima, que ocorrerá no dia 2 de dezembro, será um momento crucial para que os produtores rurais e a população local compreendam melhor o que é o mercado de carbono. “Esse evento chega num momento em que Roraima precisa de esclarecimento, para que o produtor rural, para que o povo do estado entenda o que é o mercado de carbono”, reforçou.
Ele explicou que o mercado de carbono é complexo, mas altamente rentável. “O mercado se divide no mercado regulado e no mercado voluntário. O mercado regulado ainda depende de uma lei que está no Congresso Nacional, mas o mercado voluntário vai muito bem, obrigado. É um mercado robusto e sincero”.
Braz ainda destacou o papel crucial das cooperativas nesse cenário: “O papel da cooperativa é negociar em bloco, oferecer assessoria técnica, simplificar processos, divulgar oportunidades e fortalecer a cadeia produtiva”, enfatizou. Ele também mencionou os desafios enfrentados:
“Os desafios incluem a falta de regulamentação, a complexidade do mercado e a necessidade de investimento. As cooperativas atuam como facilitadoras para os produtores rurais, comercializando o crédito no mercado de carbono e oferecendo o suporte necessário para que eles possam participar ativamente desse mercado e obter benefícios econômicos e ambientais.", enumera o presidente.
Para garantir que todos os participantes saiam bem informados, o evento contará com especialistas renomados. “Vamos ter os melhores palestrantes, pessoas que entendam do assunto, com doutorado, PhDs. Eles estarão presentes para tirar suas dúvidas”, concluiu.
Com a realização do simpósio e a crescente demanda por soluções sustentáveis, o mercado de carbono desponta como uma alternativa viável para os produtores rurais que desejam alinhar suas atividades agrícolas com práticas de preservação ambiental. Além de ajudar a combater as mudanças climáticas, essa oportunidade pode representar uma fonte significativa de receita para os produtores da Amazônia. O evento de dezembro será uma excelente chance para que todos compreendam melhor como participar desse mercado e transformar a sustentabilidade em lucro.
Serviço
Data: 2 de dezembro de 2024
Local: Sede da OAB/RR - Av. Ville Roy, 428 - Boa Vista - Roraima.
Horário: 9h às 18h
- Gustavo Spardott, Superintendente Territorial do Mato Grosso
- Dr. Carlos Sangueta, PhD em Mercado de Carbono
- Sergio Gonçalves, Doutor em Economia Florestal
- Mauricio Buffon, Presidente da APROSOJA
- Emerson Bau, Superintendente do SEBRAE
- Erides Campos, Engenheiro Florestal
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