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Parceria otimiza ordenha em propriedades rurais

Com aparelhos adquiridos pelo Sistema FAEP, técnicos do IDR-Paraná vistoriam e regulam ordenhadeiras mecânicas de produtores do Paraná

Redação
Por: Redação Fonte: Informativo Senar/PR
29/11/2024 às 14h39
Parceria otimiza ordenha em propriedades rurais

As propriedades rurais do Paraná voltadas à produção de leite vêm recebendo um apoio determinante em uma das etapas mais importantes da atividade: a ordenha. Técnicos do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná) estão visitando a produção para a vistoria completa das ordenhadeiras, com o objetivo de otimizar o funcionamento dos equipamentos. Para isso, os profissionais utilizam equipamentos de última geração, adquiridos pelo Sistema FAEP, capazes de identificar em tempo real pontos de ineficiência nas ordenhadeiras, indicando necessidade de regulagem. A expectativa é de que 1 mil propriedades rurais recebam a assistência dos extensionistas.

Em julho deste ano, 20 pulsógrafos digitais MilkSat foram comprados pelo Sistema FAEP e repassados ao IDR-Paraná, para serem utilizados nas assistências técnicas.

“Esta é apenas uma das ramificações desta parceria, com o objetivo de profissionalizar ainda mais a pecuária leiteira, tão importante ao nosso Estado. Queremos atingir a excelência em todas as etapas da produção”, define o presidente interino do Sistema FAEP, Ágide Eduardo Meneguette.

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As visitas técnicas para vistoria das ordenhadeiras já começaram. Em Roncador, na região Central do Paraná, quatro propriedades rurais já receberam técnicos do IDR-Paraná. Os profissionais instalam o pulsógrafo MilkSat nas ordenhadeiras, que fazem a “leitura” do desempenho dos aparelhos na hora. Os resultados podem ser acompanhados por meio de um aplicativo de celular. Com o diagnóstico em mãos, o técnico define que regulagens ou manutenções precisa fazer, para que as ordenhadeiras funcionem com eficiência máxima.

“O pulsógrafo mostra na tela do celular as informações, com base no que é estabelecido pelas normas técnicas”, explica o técnico Messias Kalinoski. O aparelho afere elementos como a pulsação e o vácuo das ordenhadeiras, confrontando os indicadores com parâmetros técnicos. “Se não estiver dentro do padrão, fazemos os ajustes na hora”, ressalta.

Além de otimizar a ordenha, que implica em aumento de produção, a regulagem das ordenhadeiras previne uma série de problemas no rebanho, inclusive em relação à saúde e ao bem-estar dos animais. “O uso de ordenhadeiras desreguladas podem causar lesões, hiperqueratoses, inversão de esfíncter, tetos perdidos e mastites”, enumera o técnico do IDR-Paraná.

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Benefícios na ponta

A visita dos técnicos ao Sítio Formigão trouxe benefícios imediatos ao bem-estar do rebanho. Localizada na comunidade Faxinalzinho, em Roncador, a propriedade mantém um plantel de 68 cabeças, das quais 33 fêmeas estão em lactação. A pecuarista Fabiane Aparecida Onesko conta que o pulsógrafo apontou que as ordenhadeiras estavam desreguladas, com vácuo excessivo. “Quando nós colocávamos as vacas na ordenha, elas se debatiam um pouco, dando a entender que estavam incomodadas. E era isso: as ordenhadeiras estavam desreguladas”, diz.

Segundo Fabiane, o técnico do IDR-Paraná visitou a propriedade em dois dias consecutivos. No primeiro, instalou o pulsógrafo e fez o diagnóstico. No segundo dia, o extensionista fez a regulagem e acompanhou uma ordenha completa. “É muito prático, pois a tecnologia avançada permite a regulagem. Eu nunca tinha visto”, observa a pecuarista.

Logo após a regulagem, além dos pontos positivos relacionados ao bem-estar animal, o desempenho do plantel melhorou. “Dá mais conforto para as vacas e, com isso, passaram a dar mais leite. Não chegamos a quantificar, mas sabemos que aumentou”, afirma Fabiane. A previsão é de que o IDR-Paraná faça uma nova visita à propriedade em 60 dias, para realizar uma nova aferição das ordenhadeiras.

Satisfeita com os resultados, a produtora rural destaca a importância da parceria entre o IDR-Paraná e o Sistema FAEP. “A ordenha é só mais processo dentro da pecuária de leite. E as duas entidades estão preocupadas em melhorar todos os pontos de cada etapa do processo. Ajuda muito a gente”, diz Fabiane. Por sua vez, a pecuarista também costuma buscar atualização constante, por meio de cursos ofertados pelo Sistema FAEP. Só em títulos voltados à cadeia produtiva do leite, Fabia- ne tem cinco diplomas, além de capacitações relacionadas à gestão da propriedade e o Programa Mulher Atual. “Eu me formei na lida e nos cursos do Sistema FAEP. Melhora em 100% o desempenho da gente no campo. É muito aprendizado e é muito importante, principalmente para produtores como nós, que tocamos o negócio com mão de obra familiar”, conclui.

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