Para promover o setor da produção de Bambu e difundir o conhecimento dessa inovadora matéria-prima, a Associação Catarinense do Bambu de Santa Catarina (BambuSC), com o apoio do Governo do Estado através da Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (SAR) e Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), realiza de 18 a 22 de setembro, em Florianópolis, o 1º Seminário Catarinense de Bambu.
A programação que iniciou no Dia Mundial do Bambu (18 de setembro) visa ampliar as discussões junto aos órgãos de governo, entidades e profissionais da iniciativa privada, para ampliar as políticas públicas relacionadas ao setor.
O 1º Seminário Catarinense do Bambu é fruto dos estímulos recebidos na Câmara Setorial do Bambu, criada em junho deste ano pela Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (SAR), com objetivo de acompanhar a execução de uma política estadual, para dar destaque ao setor e incentivar a cadeia produtiva do bambu em Santa Catarina.
A programação do seminário contou com plantio de mudas no Jardim Botânico, mostra de pesquisa de tratamento do bambu contra fungos, exposição de artesanatos, utensílios e quadros feitos de bambu. Promoveu ainda palestras, discussões e uma mesa redonda com autoridades, apoiadores e profissionais no assunto.
O Bambu é conhecido pelas diversas aplicações incluindo construção civil, produção de papel, fabricação de utensílios domésticos, produção de carvão vegetal, alimentação, artesanato e na indústria de móveis. Durante a atividade, foi abordada a importância da planta para a agricultura e para o planeta, como fator de proteção do solo, capacidade de ciclagem de nutrientes, resiliência, regeneração e força. O bambu também auxilia em questões ambientais, socioeconômicas e tecnológicas e produção de alimentos e materiais.
O secretário de Estado da Agricultura e Pecuária Valdir Colatto, destaca que o bambu tem grande potencial, mas precisa de mais incentivo para que a cadeia produtiva expanda e alcance patamares como China e Europa, onde é muito utilizado, principalmente na construção civil e na agricultura. “Trabalhamos para promover o bambu e suas diversas utilidades. Buscamos incentivar o conhecimento dessa atividade para fomentar o setor e apresentar novas alternativas de matéria-prima para construções e energia para empresas e cooperativas. Também vamos incentivar a produção de mudas, pesquisa e plantio em áreas de preservação e controle de erosão do solo”, disse Colatto.
Segundo o presidente da Epagri, Dirceu Leite, é necessário apresentar novas alternativas para a diversificação da renda aos agricultores, como é o caso do cultivo de bambu. “A Epagri é parceria da SAR na promoção de ações, por meio de um plano estratégico, para promover a qualificação dos agricultores que tem interesse nessa fonte de saúde e renda”, ressalta Leite.
Conforme o presidente da BambuSC, Hans Jürgen Kleine, o Seminário e as diversas atividades realizadas enriquecem a cadeia produtiva do bambu, ainda tão restrita atualmente. “A promoção de ações, debates e palestras traz um contato direto com as entidades preocupadas na expansão do bambu no estado. Assim podemos mostrar opotencial substituto da madeira e toda capacidade produtiva e de renda que o bambu proporciona”, ressalta.
O 1º Seminário Catarinense do Bambu promove ainda no sábado (21), oficinas práticas no Bambuzeto, do Jardim Botânico de Florianópolis, com atividades de manejo, colheita, tratamento, plantio, produção de mudas, artesanato e construção. Já no domingo (22), último dia do Seminário, haverá visita guiada ao Sítio Vagalume, no município de Rancho Queimado.
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