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Agricultura CESTA SOLIDÁRIA

Projeto Cestas Solidárias aproxima consumidores e produtores

O Projeto Cestas Solidárias, uma iniciativa do IDR-Paraná/Estação e Pesquisa em Agroecologia CPRA, que busca aproximar agricultores e consumidores finais. Atualmente, existem cerca de vinte grupos ativos do Cestas Solidárias na Região Metropolitana de Curitiba.

06/09/2024 às 13h34
Por: Redação Fonte: IDR-PARANÄ
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O Projeto Cestas Solidárias, uma iniciativa do IDR-Paraná/Estação e Pesquisa em Agroecologia CPRA, que busca aproximar agricultores e consumidores finais. Atualmente, existem cerca de vinte grupos ativos do Cestas Solidárias na Região Metropolitana de Cur
O Projeto Cestas Solidárias, uma iniciativa do IDR-Paraná/Estação e Pesquisa em Agroecologia CPRA, que busca aproximar agricultores e consumidores finais. Atualmente, existem cerca de vinte grupos ativos do Cestas Solidárias na Região Metropolitana de Cur

Na chácara Raio de Sol, em Tijucas do Sul, o trabalho dos agricultores João Camilo e Marinéia Rosa Galdino começa logo cedo. Nos quinze mil metros de horta, os agricultores produzem alimentos orgânicos diversificados. O casal participa do Projeto Cestas Solidárias, uma iniciativa do IDR-Paraná/Estação e Pesquisa em Agroecologia CPRA, que busca aproximar agricultores e consumidores finais. Atualmente, existem cerca de vinte grupos ativos do Cestas Solidárias na Região Metropolitana de Curitiba.

Os interessados em receber as cestas formam um grupo de consumo, com apoio dos técnicos do IDR-Paraná e, no dia previamente acordado, o agricultor entrega as cestas em um ponto de encontro. As cestas sempre contêm uma variedade de 8 a 10 produtos, entre legumes, tubérculos e frutas frescas da estação.

Planejamento

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Com a propriedade certificada desde 2017, Camilo vê no projeto mais uma opção para escoar a produção. “Vivemos em um tempo em que a gente busca a melhor forma de comercializar os produtos e a experiência é muito boa. Comercializamos os mesmos alimentos que consumimos, que são saudáveis, de qualidade e que trazem satisfação para as pessoas”, explica o agricultor. Para Marinéia, participar do Cestas Solidárias auxilia no planejamento da propriedade. “A gente planta de acordo com o que as pessoas querem. E como o pagamento é no começo do mês, já dá uma certa tranquilidade para a gente poder pensar no que pode fazer de melhor”, contou a agricultora.

O controle de pagamentos e encomendas é feito pelos próprios agricultores. Na véspera da distribuição das cestas, são colhidos os tubérculos como rabanetes e cenouras. As hortaliças de folhas, por sua vez, são colhidas apenas algumas horas antes, garantindo maior frescor. Às quintas-feiras, as entregas de Camilo e Marinéia são feitas para o Grupo de Consumo dos funcionários da Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR, em Curitiba (PR). “No nosso cotidiano, traz praticidade. Podemos pegar a cesta já selecionada, o que elimina uma ida ao mercado e o preço é atrativo”, comenta o pedagogo Guilherme Ruthes.

Além da praticidade e da economia, as Cestas Solidárias modificam a relação com os agricultores. “Se a gente fica muito na relação de supermercado, você não tem relação com ninguém que esteve ligado com aquele produto. Ter essa relação nos faz entender a cadeia produtiva: por que deu para colher morango, por que tinha mexerica no frio e não tem no verão. Você passa a entender que são pessoas que estão produzindo aquele alimento e que não está saindo de uma fábrica”, explica Ruthes.

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“Nós não reinventamos a roda, mas trouxemos mais uma opção de renda para o produtor e assim fortalece-se a economia familiar”, explica o coordenador do Projeto, o agrônomo do IDR-Paraná Ivo Melão. “Quando você compra um produto orgânico, você está comprando conceitos e valores que são econômicos, ambientais, sociais, éticos. Você faz uma opção por uma melhor qualidade de alimentação. A ideia do projeto é levar para o grupo de consumo essa conscientização. Conhecer o agricultor olho no olho, estabelecer a relação de confiança”, afirma.

“É bom porque você acompanha o empenho do produtor para trazer os produtos. Também tem a questão da variedade, cada cesta vem com frutas e produtos da estação. Na relação com o produtor estão as novidades de poder negociar outros itens, como ora-pro-nóbis”, explica o analista de sistemas Felipe Melzer. É possível que os agricultores negociem outros itens com os clientes, são os produtos adicionais (fora da composição das cestas), e também que o consumidor solicite mais de uma cesta, a depender das necessidades da família.

Os interessados em fazer parte do projeto Cestas Solidárias devem procurar um desses grupos ou formar um grupo novo no local de trabalho, de moradia ou de convivência social. Mais informações podem ser obtidas através do número do projeto: (41) 2115-0500.

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